Finalmente chegou a hora de compreender a fundo como funciona o Reator de Mistura Ideal!
Para descrever todos os fenômenos que nele ocorrem da forma mais concreta possível, iremos utilizar robustos modelos matemáticos.
Para descrever todos os fenômenos que nele ocorrem da forma mais concreta possível, iremos utilizar robustos modelos matemáticos.
Recuperando o exemplo anterior
Vamos utilizar na nossa modelagem o exemplo que utilizamos na aula Conhecendo o Reator CSTR, da seção de introdução, para entender como um CSTR funciona.
Para relembrar o que cada parâmetro significa, consulte-os aqui.
Para relembrar o que cada parâmetro significa, consulte-os aqui.

\(A+B \to C\)
Nossos objetivos são:
- Descobrir como o número de mols de cada espécie dentro do reator varia com o tempo.
- Descobrir como a vazão molar de cada espécie na saída do reator varia com o tempo.
A Mistura Perfeita
Para avaliar como nosso reator funciona, vamos fazer uma simplificação importante. Ele operará em "Mistura Perfeita", o que significa que vamos assumir que o tanque é perfeitamente misturado.
Isso implica que todas as propriedades termodinâmicas (concentrações, temperatura, densidade, etc.) dentro do reator serão constantes, além de serem iguais às da corrente de saída do reator.
Você pode ver isso claramente pela cor da nossa ilustração, o azul indica que a concentração é igual em todo o meio líquido do reator, inclusive na saída.
Com essa simplificação, o sistema torna-se completamente modelável pelas equações diferenciais ordinárias que desenvolvemos no nosso balanço de massa.
Isso implica que todas as propriedades termodinâmicas (concentrações, temperatura, densidade, etc.) dentro do reator serão constantes, além de serem iguais às da corrente de saída do reator.
Você pode ver isso claramente pela cor da nossa ilustração, o azul indica que a concentração é igual em todo o meio líquido do reator, inclusive na saída.
Com essa simplificação, o sistema torna-se completamente modelável pelas equações diferenciais ordinárias que desenvolvemos no nosso balanço de massa.
O balanço de massa
Na nossa revisão de balanço de massa, desenvolvemos um modelo que descreve exatamente como o número de mols dentro de um reator varia com o tempo.
É o balanço de massa por espécie. Veja sua expressão para uma espécie genérica \(i\):
É o balanço de massa por espécie. Veja sua expressão para uma espécie genérica \(i\):

\[\frac{dN_{i}}{dt} = F_{ie} - F_{is} + R_{i}\]
Em que:
- \(F_{ie} \to\) Vazão molar de entrada no reator em \(\frac{mol}{L}\)
- \(F_{is} \to\) Vazão molar de saída no reator em \(\frac{mol}{L}\)
- \(N_{i} \to\) Número de mols de A dentro do reator
- \(R_{i} \to\) Número de mols de A produzidos ou consumidos pelas reações dentro do reator (explorado na revisão de cinética química)
Perceba que como esse balanço é para uma espécie qualquer, podemos generalizar para todas as espécies do nosso reator:
\[\frac{dN_{A}}{dt} = F_{Ae} - F_{As} + R_{A}\]
\[\frac{dN_{B}}{dt} = F_{Be} - F_{Bs} + R_{B}\]
\[\frac{dN_{C}}{dt} = F_{Ce} - F_{Cs} + R_{C}\]
E é basicamente isso! Todo o reator pode ser descrito por apenas essas equações, quaisquer variações virão de como as expressões das vazões \(F\) e taxas reacionais \(R\).
Veja um exemplo de um reator \(A + B \to C\) simulado em tempo real e veja o comportamento das suas vazões e concentrações:
Veja um exemplo de um reator \(A + B \to C\) simulado em tempo real e veja o comportamento das suas vazões e concentrações: